4 Novembro, Sexta

10h00 – Abertura do X Colóquios do Porto - Psicanálise e Cultura
Presidente do Instituto de Psicanálise do Porto: Cristina Fabião
Presidente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise: Rui Aragão
Presidente Honorário do Colóquio: Jaime Milheiro
Representante da Câmara Municipal do Porto Sr. Vereador da Habitação e Acção Social: Dr. Manuel Pizarro
Presidente da Comissão de Organização do X Colóquio do Porto: Cláudia Milheiro
Representante da Fundação Engenheiro António de Almeida


10h30 – Conferência de abertura - 'Psicanálise: encontros e desencontros com o tempo' 
Cristina Fabião  Sociedade Portuguesa de Psicanálise

Presidência da mesa: Rui Aragão  Sociedade Portuguesa de Psicanálise
Comentário: Celeste Malpique  Sociedade Portuguesa de Psicanálise
Comentário: Jaime Milheiro  Sociedade Portuguesa de Psicanálise

Moderação: Cláudia Milheiro  Sociedade Portuguesa de Psicanálise


12h30 – Almoço


14h00 - Mesa-redonda: “Crescer sem Tempo”

Maria José Gonçalves  Sociedade Portuguesa de Psicanálise
Jaime Milheiro  Medicina Desportiva e Medicina Anti-aging
João Neto  Empreendedor e “ Ultra–runner”

Comentário: José Ferronha  Sociedade Portuguesa de Psicanálise
Moderação: Isabel Quinta da Costa  Sociedade Portuguesa de Psicanálise


16h00 – Intervalo - Café


16h30 - Mesa redonda: “Quero as coisas que existem não o tempo que as mede”
Isabel Nogueira - 'Obra de arte: em si mesma ou no tempo?' Historiadora de arte contemporânea, investigadora do CEIS20, Universidade Coimbra, Professora convidada na FBAUL
Vítor Belanciano  Jornalista, crítico cultural
Fernanda Alexandre  Sociedade Portuguesa de Psicanálise

Comentário: Orlando Von Doellinger Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Sociedade Portuguesa de Psicanálise
Moderação: Jorge Rolão Aguiar  Sociedade Portuguesa de Psicanálise

5 Novembro, Sábado

09h45 – Mesa -redonda: “Tempo, fuga e regresso”

Abertura com Álvaro Teixeira Lopes (piano) e Ana Luísa Amaral (declamação)

João Teixeira Lopes  Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Jorge Castro Ribeiro  Musicólogo, Universidade de Aveiro
Ana Melícias  Sociedade Portuguesa de Psicanálise

Moderação: Cláudia Milheiro Sociedade Portuguesa de Psicanálise


12h30 – Almoço


14h00  Mesa-redonda: “Os (não) lugares do tempo”

Paula Cristina Pereira  Faculdade de Letras da Universidade do Porto
João Paulo Providência  Faculdade de Arquitectura da Universidade de Coimbra
Fátima Sarsfield Cabral  Study Group, Núcleo Português de Psicanálise

Comentário: Raquel Quelhas Lima Sociedade Portuguesa de Psicanálise
Moderação: PaulaValente  Sociedade Portuguesa de Psicanálise


15.30h – Intervalo - Café


16h00 - “Quanto Tempo o Tempo tem…”

Alexandre Quintanilha Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto e i3S
Carlos Herdeiro  Departamento de Física da Universidade de Aveiro e CIDMA

Comentário: Manuela Fleming Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, Sociedade Portuguesa de Psicanálise
Moderação: Paulo Azevedo  Sociedade Portuguesa de Psicanálise



18h00 – Sessão de encerramento

Preços e Inscrição

2 dias €60
1 dia  €40

A inscrição pode ser feita através do email coloquio.porto2016@gmail.com

Deverá incluir o Nome, NIF e a digitalização do comprovativo de transferência bancária para o Instituto de Formação e Terapêutica Psicanalítica do Porto
NIB 001000002205819000120

Encontros com o Tempo


Na poalha do tempo que passa, o pêndulo do relógio interno organiza-se em  sentimentos. Em vários sentimentos:

Sentimento de existir: penso, logo existo, logo funciono, logo continuo
Sentimento de percurso: percebo que a minha ligação entre passado, presente e futuro terá um fim: descoberta da vida e da morte
Sentimento de nome: chamam-me pelo nome e eu respondo: sou eu: numa  subjectividade única, paulatinamente construída
Sentimento de eternidade: transformo em desejo a ausência de tempo que nos meus sonhos pressinto, cultivando-o nas mitologias.

É no cruzamento do tempo interno com o tempo externo, no seu encontro/desencontro, que os seres humanos se reconhecem. Não cresceriam nem teriam consciência de si se tal fronteira dissolvessem.
Sempre em busca de apeadeiros, sempre sem definitivas soluções, todos tentam conjugar esses dois tempos numa fluência jamais completamente satisfatória. Adiam, antecipam, interrompem, confundindo dia e noite com o sono da recompensa.
A Arte (a arte de pensar, a arte de produzir, a arte de navegar) será o grande refúgio e o melhor passadiço para os eventuais desembarques angustiantes, justamente porque em simultâneo “eterniza” a subjectividade e ultrapassa o tempo do relógio, muito antes de o inventar.

Sem (in)temporalidade todos os encantos e relações, todos os cumprimentos e transgressões, todos os julgamentos e prejuízos, deixariam de fazer sentido. O ser humano perderia intimidade e circunstância, incapaz de rir e de chorar, de amar e de sofrer, de desejar e de prever. Sem história, sem memória, excluía-se de si, excluído do seu próprio património emocional.
Cultura que tente apagar o tempo interno, ou que procure reduzi-lo a tecnicidades e botões, alimentará inescapáveis fermentos destrutivos. Seria acabar com espécie, ou com a humana condição, facto que simpaticamente não desejamos.

Todas estes alcances serão analisados em múltiplas perspectivas no fascinante programa da X Edição dos:

                 “Colóquios do Porto: Psicanálise e Cultura”

que, em  4 e 5 de Novembro de 2016, na Fundação Eng. António de Almeida, por nós espera.                            


                                                                        Jaime Milheiro

                                                       (Presidente Honorário do Colóquio)